Eu li esse livro há muito tempo, mas ainda penso nele com alguma frequência. Especialmente quando me percebo carregando o mundo nas costas e me lembro que tem gente que pode me ajudar. Não sei vocês, mas eu tenho uma imensa dificuldade de pedir e de aceitar ajuda das outras pessoas, com medo de parecer fraca, incapaz, etc. Mas esse livro suavizou um bocado esse sentimento para mim. Hoje eu vejo que tá tudo bem não conseguir abraçar o planeta com as pernas.

Em uma mistura de biografia e aconselhamento, Amanda vai mostrando como, às vezes, as pessoas querem ajudar a gente. E que se você deixar, uma ajuda pode mudar completamente uma situação. Ela também mostra que pedir por ajuda não nos faz um peso ou alguém pior; muitas vezes, as pessoas se conectam com a gente justamente quando demonstramos nossas imperfeições e vulnerabilidades. Pedir e aceitar ajuda faz parte de ser humano, e não devíamos nos esforçar tanto em mitigar essas ações quando estamos lidando com os outros.

Sabe quando você ouve falar de um livro, retém alguns detalhes da história na cabeça mas esquece completamente o nome? Foi isso que aconteceu comigo e com esse aqui. Quando eu li a sinopse na livraria, lembrei que eu queria muito lê-lo e decidi trazê-lo comigo pra casa. E foi uma excelente decisão! Esse livro me acompanhou em um período esquisito da minha vida, onde eu estava muito sozinha, e apesar da história da protagonista ser um show de horrores, foi uma leitura muito proveitosa.

É um dos livros que me faz acreditar que, uma vez que você olha um pouquinho pra fora da sua caixinha, as perspectivas podem mudar drasticamente — e isso pode mudar a própria realidade. A Tara viveu por muito tempo com um pai abusivo, que não acreditava na educação das mulheres. E, aos poucos, ela ousou ir além, quebrando algumas das correntes invisíveis que uma vida isolada no interior dos Estados Unidos impõe sobre uma menina. É muito inspirador, e é um livro que me faz ter vontade de seguir em frente mesmo quando as coisas não estão tão boas.

Comprei esse livro quando ainda planejava fazer o meu mestrado com foco em Estatística, porque justamente queria os dados que diziam o quanto as fake news e as redes sociais têm interferido na democracia mundial atualmente — não acho que seja preciso ser um cientista para perceber isso, mas é sempre bom ter um pouco de certeza nesse mundo de pós-verdades.

Foi uma leitura extremamente proveitosa, e especialmente importante para quem não entende muita coisa sobre o assunto; ou não entende como o assunto funciona em si. Confesso que muitas das coisas ali eu já tinha conhecimento, mas mesmo assim alguns fatos me surpreenderam — como, por exemplo, hoje em dia algumas pessoas já serem “produto” para uma rede social mesmo antes de nascer, dado que existem pais que postam os resultados do ultrassom nas redes sociais! 🤯

Esse livro foi uma indicação da minha professora de espanhol, e foi o primeiro livro 100% em espanhol que eu consegui ler! Fiquei deveras orgulhosa, admito, pois tenho estudado o idioma desde 2019 e ainda não tinha tido coragem de enfrentar um livro inteiro exclusivamente nessa língua 😅 Como é um assunto que já tenho alguma familiaridade, achei bem tranquilo e a leitura fluiu tranquilamente!

Mas… não foi uma leitura agradável: é deprimente ver o quanto vivemos num mundo que simplesmente não atende 50% da sua população. Um mundo que não se importa, não estuda e não se constrói para as mulheres. É inclusive engraçado porque várias vezes eu já pensei no quanto o nosso ambiente não está adequado para nós, mulheres, e sempre ficava com a ideia de que era coisa da minha cabeça. No final das contas, não é — desde coisas simples como banheiros e transporte público, até a nossa saúde: as mulheres não são levadas em consideração. Essa constatação machuca, e cada vez mais precisamos converter essa dor em transformação do nosso mundo.

Peguei esse livro para ler porque foi indicado pela empresa onde eu trabalho. Dentro da empresa, existe um programa de diversidade e inclusão, e esse livro é escrito por uma empresária negra que obteve muito sucesso em sua carreira através de estratégia, planejamento e trabalho duro. E afinal de contas, é sempre bom ler as perspectivas de pessoas diversas sobre seu sucesso, já que eu também estou buscando o meu como pessoa pertencente à minorias políticas.

Gostei bastante desse livro, uma mistura entre biografia e aconselhamento. Confesso que tem algumas partes que são demasiado “estadunidenses” pra mim — como a mãe perguntar para a filha se ela prefere ter uma casa quente ou ir para a faculdade, porque não há dinheiro para os dois. (Acho absurdo vivermos em um mundo que essa escolha é sequer considerada.) Mas no fim das contas, é um livro proveitoso, com alguns insights bem legais sobre a tal da Síndrome do Impostor, que assola tanto as pessoas pertencentes a minorias. Vale totalmente a leitura.

Quando assisti o segundo filme do Pantera Negra, eu me apaixonei pelo personagem do Tenoch Huerta – e pelo ator também, não vou mentir 🤣 Logo que saí do cinema, fui procurar quais outros trabalhos ele já havia participado e descobri que o lançamento deste livro estava próximo de acontecer; coloquei ele na minha lista de leituras para o futuro. Esse é mais um dos livros que li inteiramente em espanhol, e foi muito proveitoso aprender mais sobre o idioma na sua variante mexicana, bem como entender mais sobre o contexto racial daquele país.

Eu gostei muito das perspectivas que o Tenoch dá sobre como a racialidade é tratada no México (e um pouco também no mundo). Vi vários paralelos entre os seus relatos e o que acontece no Brasil – essa coisa de tentarmos colocar todo mundo como “mestiços” e fingir que o racismo não existe. Também creio que esse livro ajudou ainda mais com os meus vieses de raça (porque eu sei que tenho, e trabalho muito para minimizá-los), que são tão importantes quanto os de gêneros na sociedade onde vivemos.